
A reforma do nosso novo escritório foi um sonho se tornando realidade. Por meses, convivemos com o barulho, a poeira e a ansiedade. E então, o grande dia chegou. A equipe de construção anunciou: “Pronto, doutor. Terminamos”. Entrei no espaço novo com um sorriso no rosto, que se desfez em dois segundos. O que vi foi um cenário de guerra. Poeira de gesso cobrindo cada superfície, respingos de tinta no chão novo, restos de rejunte, serragem… Foi quando entendi que a obra só terminaria de verdade depois de uma batalha final: a limpeza pós-obra.
O erro, e um erro que cometi, foi subestimar a magnitude dessa sujeira. Eu ingenuamente achei que, com um ou dois dias de faxina, tudo estaria resolvido. Que ilusão. A sujeira de obra não é uma sujeira comum. Ela é fina, penetrante e, muitas vezes, quimicamente agressiva.
A Textura do Caos
A sensação de caminhar pelo escritório recém-reformado era desoladora. A poeira fina do gesso e do cimento estava em toda parte. No ar, nas frestas das janelas, dentro dos armários embutidos. O som dos meus sapatos pisando no chão era o de um “croc” arenoso. A textura das janelas de vidro era opaca, coberta por uma camada de pó e respingos de argamassa.
Tentar limpar aquilo com métodos domésticos seria uma tarefa infinita e frustrante. A poeira de obra, quando limpa com um pano úmido comum, apenas se transforma em uma lama que se espalha ainda mais.
A Descoberta da Necessidade de Especialistas
Minha primeira reação foi a de tentar organizar uma “força-tarefa” com a equipe de limpeza que já nos atendia. Mas a supervisora deles, uma mulher muito experiente e honesta, foi a primeira a me alertar. “Doutor, para isso, o senhor não precisa de nós. O senhor precisa de uma equipe especializada em limpeza pós-obra”.
Ela me explicou que eles não tinham os equipamentos (como aspiradores industriais de alta potência) nem os produtos químicos corretos para remover cimento e respingos de tinta sem danificar as superfícies novas, como o porcelanato ou a bancada de mármore.
O Início de uma Nova Busca
Naquele momento, em meio à poeira, eu entendi. A grande reforma do meu escritório exigiria um grande final. A minha batalha contra o caos não seria travada com baldes e vassouras, mas com a contratação de um exército de especialistas.
A jornada da limpeza pós-obra em BH estava apenas começando. E a primeira lição já havia sido aprendida: a sujeira de uma obra é um inimigo específico, que exige armas e estratégias específicas para ser derrotado.